Sempre me achei diferente das outras pessoas. Sempre achei que possuía qualidades únicas, que me distinguiam dos outros, que faziam de mim um ser complexo e incompleto, porém em busca de algo maior. Muito dramática, crítica, melancólica às vezes, outrora carismática, inteligente nos assuntos que me interessavam, engraçada com quem eu gostava, curta e grossa com quem merecia.
No entanto, me redescobri normal. Descobri que não tenho nada de especial. Aquele lance de que "devemos amar a nós mesmos" porque cada um é "único" e "especial" à sua maneira, já que "Deus não comete erros". Não vejo mais fundamento nisso. Não me sinto alguém interessante, destacável. Vinte anos se passaram e o que eu conquistei? Carteira de motorista?! O que já aprendi? Inglês?!
Minha vida é tão cômoda e normal que às vezes páro e penso "eu nunca seria capaz de aprender a tocar piano, ou um violino, ou a me comunicar por LIBRAS, ou inventar algo inovador, ou então organizar um sistema político, surfar, aprender mandarim, ou sei lá, islandês, dirigir um filme, escrever um livro, cantar, pintar um quadro bonito, ...". Penso infinitas coisas que eu não seria capaz de fazer e que mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria, porque dadas as proporções das coisas que aprendi em 20 anos, em mais 20 eu não faria nem meia metade do que eu gostaria! Ui...
Resumindo, tenho me sentido só mais uma pessoa nesse mundo de muitas³ pessoas, nesse mundo de muitas pessoas que não são nada e não querem ser nada, nesse mundo de muitas pessoas que não são nada e não querem ser nada e nunca nem serão nada. E isso me entristece. Porque o potencial é muito grande, mas a vontade, o tempo, a própria cultura que quero aprender também me sufoca, porque me obriga a fazer coisas que, se eu tivesse que escolher, não faria. É um tal de "você precisa estudar, terminar o ensino médio, fazer uma faculdade, trabalhar, namorar, comprar uma casa, casar, pagar contas, ter filhos" filhos que serão mais pessoas em um mundo de muitas pessoas, que nunca serão nada.
No entanto, me redescobri normal. Descobri que não tenho nada de especial. Aquele lance de que "devemos amar a nós mesmos" porque cada um é "único" e "especial" à sua maneira, já que "Deus não comete erros". Não vejo mais fundamento nisso. Não me sinto alguém interessante, destacável. Vinte anos se passaram e o que eu conquistei? Carteira de motorista?! O que já aprendi? Inglês?!
Minha vida é tão cômoda e normal que às vezes páro e penso "eu nunca seria capaz de aprender a tocar piano, ou um violino, ou a me comunicar por LIBRAS, ou inventar algo inovador, ou então organizar um sistema político, surfar, aprender mandarim, ou sei lá, islandês, dirigir um filme, escrever um livro, cantar, pintar um quadro bonito, ...". Penso infinitas coisas que eu não seria capaz de fazer e que mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria, porque dadas as proporções das coisas que aprendi em 20 anos, em mais 20 eu não faria nem meia metade do que eu gostaria! Ui...
Resumindo, tenho me sentido só mais uma pessoa nesse mundo de muitas³ pessoas, nesse mundo de muitas pessoas que não são nada e não querem ser nada, nesse mundo de muitas pessoas que não são nada e não querem ser nada e nunca nem serão nada. E isso me entristece. Porque o potencial é muito grande, mas a vontade, o tempo, a própria cultura que quero aprender também me sufoca, porque me obriga a fazer coisas que, se eu tivesse que escolher, não faria. É um tal de "você precisa estudar, terminar o ensino médio, fazer uma faculdade, trabalhar, namorar, comprar uma casa, casar, pagar contas, ter filhos" filhos que serão mais pessoas em um mundo de muitas pessoas, que nunca serão nada.
3 comentários:
De que adianta a persistencia quando sabemos que o objetivo não será alcançado?
Mas pior do que não alcançar o objetivo, é não seguir o caminho da sua direção. A vida vira vazia.
E olha: a crise existencial passa, mas o passado nunca volta.
Devemos aproveitar o presente, semeando a esperança para um futuro melhor. Futuro de nós mesmos e das pessoas desconhecidas.
Só um porém: as grandes descobertas foram feitas por homens maduros, não por jovens apressados. Deixe a vida acontecer a seu tempo.
Outro porém: com inglês podemos ter/viver/conhecer todo o patrimonio cultural da humanidade.
Realmente, todos somos nada se você olhar no padrão maior. Mas não somos dispensáveis. Você pode não ter conquistado ou aprendido nada em 20 anos, mas pense em todos os sorrisos que já provocou e todos os conselhos que você já deu, todas as vezes que alguém ficou feliz quando arrancou um sorriso, um suspiro seu.
Podemos não ser importantes para a história para a posteridade, mas significamos alguma coisa para as pessoas que nos amam.
Gostei do seu jeito de escrever.
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