10 de julho de 2011

Sigh

Não gosto de escrever sobre coisas polêmias, não me vejo como formadora de opinião. Gosto mais do lado sensível das palavras, não do lado assertivo. Não gosto de escrever histórias, não tem imaginação pra criar personagens, cenários e detalhes. Talvez eu goste de escrever sobre o cotidiano. Talvez. Se for inspirador o suficiente, ou se me dê uma ideia diferente. Gosto, na verdade, de descrever. Descrever sentimentos, elucidações, epifanias,vontades, conquistas, ideias, confusões, ... Não movo massas. Sou mais introspectiva que isso. Me descobri admiradora das coisas, das pessoas e das situações. Talvez eu goste de escrever sobre você, dependendo de como você me faça sentir. Abstração e complexidade são coisas que me atraem. Gosto de escrever a palavra pela palavra. Não precisa significar exatamente algo, mas precisa ser carregada de pensamentos inpensados, que surgem sem motivo e somem da mesma forma que apareceram: cachoeira de águas que caem com força e se perdem no rio; rio que ora está cheio, transbordando de ideias e injúrias, ora sereno, mas sempre correndo. Só sobram a memória e as letras no papel.